28.8.10

Rio de Incompetência.

Incompetência com desleixo.


Incompetência sem pintura.


Incompetência sem retoques.


Esta bela seqüência foi tirada em 24/07/2010, na Avenida Lúcio Costa - Praia do Recreio dos Bandeirantes - Local onde se paga um dos maiores IPTU's do país. Imaginem o resto, onde o poder público pensa que nos faz um favor com seu serviço de bosta.

26.8.10

Rio de Névoa

Manhã de 26 de agosto de 2010.


ISO: 100
Exposição: 1/1600 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 4.6mm
Flash usado: Não


ISO: 100
Exposição: 1/1600 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 11.4mm
Flash usado: Não

14.8.10

Educação Inclusiva

Minha sobrinha pediu-me auxílio a respeito desse tema. Afinal, como pai de um menino com paralisia cerebral e perdas cognitivas severas, além de cego e cadeirante, seria natural o meu conhecimento a respeito do caso. Sei que minha opinião não é válida para trabalhos acadêmicos, principalmente por não constar da bibliografia vigente. Mas sei que minha opinião não é especulativa e não brota de teorizações ou ilações. Brota de minhas necessidades e observações do dia a dia.

Antes de tudo, vamos deixar claro que a pessoa com necessidades especiais é uma pessoa com deficiências. Essas deficiências podem ser motoras, visuais, auditivas, mentais... Então vamos chamar a pessoa com necessidades especiais, simplesmente de “deficiente”. A expressão “pessoa com necessidades especiais” é por demais hipócrita, piegas e não resolve o problema.

Todo cidadão tem direito à educação, seja ele deficiente ou são. Quando o estado preocupa-se, tentando viabilizar a educação dos deficientes, está na verdade, tentando cumprir com sua obrigação, educar o cidadão. Não há aí, no caso do cumprimento de metas educacionais, motivos para vangloriar. A educação especial inclusiva trabalha principalmente com ferramentas possíveis, ao alcance da unidade de ensino e do educador. No entanto, a educação verdadeiramente inclusiva (no meu modo de pensar), totalmente negligenciada por todos, é a educação inclusiva de toda a sociedade.

Por exemplo: Um deficiente, tendo recebido toda educação necessária para sua participação no mercado de trabalho, esbarra na falta de educação inclusiva do resto da população. No contexto dessa falta de educação, podemos incluir o próprio estado, que pouco faz e quando faz algo, o faz em tom de paternalismo.

Arquitetos, engenheiros, urbanistas, entre outros construtores, só iniciaram uma preocupação mais incisiva com a acessibilidade, devido a força da lei. Ou seja, na verdade o fizeram por imposição, não por ideologia social ou convicção.

A educação especial, aplicada ao deficiente, inclusiva ou não, poderá ter sua efetivação limitada pelo grau de deficiência, associado ao grau de determinação e empenho do mesmo, ambos associados ao tipo de função almejada.

De qualquer forma, mesmo obtendo êxito educacional ou profissional, o deficiente esbarrará no seu dia a dia, na falta de educação inclusiva do resto da população.

Quando vemos cones, correntes, entre outros tipos de barreiras, protegendo as vagas de especiais para automóveis, nos shoppings e nos supermercados, temos aí um dos grandes indicadores da falta de educação inclusiva da sociedade como um todo, de como a sociedade é egoísta e excludente.

Se levarmos em conta que essas barreiras existem para a proteção dessas vagas, contra o abuso de pessoas sãs, possuidoras de carros, não podemos desconsiderar o nível econômico e educacional dessas pessoas. Elas estão na parte de cima da pirâmide.

Essas são as mesmas pessoas, que por algum momento na vida, tiveram seus filhos e sentiram as dificuldades dos deficientes, ao empurrarem seus carinhos de bebês. Nesse período sentiram-se prejudicadas em seu direito de acesso. Mas logo os filhos crescem, os carrinhos de bebês são aposentados e esses pais estão prontos para burlar o direito dos outros, deficientes que continuam precisando das vagas especiais e infelizmente, dos cones para guardá-las. Fôssemos uma sociedade inclusiva, esses cones não existiriam. Não com essa função.

A educação inclusiva deve ser reavaliada e rediscutida, pois uma sociedade inclusiva inclui os excluídos, enquanto uma sociedade excludente jamais incluirá os excluídos, por mais educação inclusiva que estes venham a receber.

O ser humano deve aprender a incluir os diferentes desde criança, independente da convivência ou não com eles. Somente assim, com uma sociedade menos egoísta e mais fraterna, a verdadeira inclusão será alcançada.


Marcos Santos
Rio de Janeiro

6.8.10

Adoniran Barbosa

Hoje, 06 de agosto de 2010, Adoniran Barbosa faria cem anos. Encerrando a série de posts sobre o artista, indico seu último disco gravado, "Adoniran Barbosa e Convidados". Neste álbum Adoniran conta com a participação de Elis Regina, Gonzaguinha, Djavan, entre outros.







"Tiro ao Alvaro" foi a faixa de maior sucesso. Nela, a parceria com Elis Regina mostra que a música de Adoniram sempre será atemporal.



Tiro ao Alvaro
Adoniran Barbosa e Elis Regina
Composição: Adoniran Barbosa


De tanto leva "frechada" do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê?
"Táubua" de tiro ao Álvaro
Não tem mais onde furá


Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que veneno estriquinina
Que peixeira de baiano
Teu olhar mata mais que atropelamento de "automóver"
Mata mais que bala de "revórver"

foto: amazon.com

5.8.10

Adoniran Barbosa

O Samba do Arnesto.

Adoniran Barbosa - 01 - O Samba Do Arnesto.mp3
Samba do Arnesto
Adoniran Barbosa


O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever"


Arnesto

3.8.10

Adoniran Barbosa

Mais uma pérola de Adoniram, o Samba Italiano.


Samba Italiano
Adoniran Barbosa

Falado:
"Gioconda, pitina mia,
Vai brincar alí no mareí no fundo,
Mas atencione co os tubarone, ouvisto
Capito meu san benedito".

Piove, piove,
Fa tempo que piove qua, Gigi,
E io, sempre io,
Sotto la tua finestra
E vuoi senza me sentire
Ridere, ridere, ridere
Di questo infelice qui

Ti ricordi, Gioconda,
Di quella sera in Guarujá
Quando il mare ti portava via
E me chiamaste
Aiuto, Marcello!
La tua Gioconda ha paura di quest'onda

Bom dia. fotografia, natureza, NatureBeauty, riodejaneiro, recreiodosbandeirantes, photooftheday, photography