30.10.10

Horário do Sol


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/320 s
Abertura: 5.6
Distância focal: 26.4mm
Flash usado: Não


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/1300 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 82.8mm
Flash usado: Não

24.10.10

Nunca antes, nesse país...


Perdidos...


...mas solidários.

Vítimas de um estado preocupado em auto-promoção, crianças vivem cada vez mais, e em maior número, no abandono total.
Nosso estado finge atender essa grave demanda, ao ler os belos relatórios de ONG's bem instaladas em nosso país.

Segundo a frase de José Padilha (Tropa de Elite e Ônibus 174), citada por Caio Fábio em seu sítio: “Tem ONGs seríssimas, mas há também as que não são. Quando fiz ‘Ônibus 174’, olhei a estatística de meninos de rua e ONGs no Rio [Rio de Janeiro]. Eram 3.400 meninos de rua e 1.615 ONGs. Se cada uma pegasse dois, acabava o problema. As ONGs são importantes, mas desconfio da proliferação.”

Eu acredito nessa frase.
Vale lembrar que o documentário "Ônibus 174" foi lançado 2002. Estamos em 2010.

"Nunca antes, nesse país..." 
Essa é a frase favorita de quem já esqueceu de onde veio ou, quem sabe, sequer teve consciência disso um dia.

Fotos tiradas em 23/10/2010, no Largo do Machado - Rio de Janeiro - Brasil.
Marcos Santos

16.10.10

Lagoa de Marapendi


Câmera: Panasonic Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/500 s
Abertura: 7.1
Distância focal: 4.6mm
Flash usado: Não

8.10.10

Tradição

"Tradição (do latim: traditio, tradere = entregar; em grego, na acepção religiosa do termo, a expressão é paradosis παραδοσις) é a transmissão de práticas ou de valores espirituais de geração em geração, o conjunto das crenças de um povo, algo que é seguido conservadoramente e com respeito através das gerações.
A tradição e sua presença na sociedade baseiam-se em dois pressupostos antropológicos:
a) as pessoas são mortais;
b) a necessidade de haver um nexo de conhecimento entre as gerações."...


Não há dúvidas de que a tradição vai muito além dessa breve definição, preguiçosamente copiada da Wikipédia.
Para nós mortais, religiosos ou não, o significado de tradição passa por castas, famílias, classes sociais...Enfim, por todos aqueles que, de alguma forma consideram-se especiais diante dos outros pobres mortais. Aliás, mais pobres e mais mortais do que eles próprios.

A família entra como um parágrafo a parte quando o assunto é tradição. Algumas famílias sentem-se mais tradicionais do que outras. A escala de medida não é bem clara, mas mesmo assim elas conseguem diferenciarem-se, qualificando a si próprios, enquanto desqualificam os outros.

Alguns enchem a boca para pronunciar seus sobre-nomes italianos: "Antognoni", "Farfareli", "Fidelini", "Falconieri"...Na verdade descendem de pobretões que vieram ocupar com grande vantagem e incentivos, os lugares deixados pelos pobres escravos negros, largados na sarjeta. Embora não conhecessem nada do riscado da cafeicultura, eram mais branquinhos e bonitinhos do que aqueles "crioulos horrorosos" (Não consigo enxergar outro motivo para tal sacanagem). Já há outros que capricham no biquinho para pronunciar "Fechecler", "Abajour"...Enfim, tradicionalíssimos de grande e nobre estirpe.

Mas existem aqueles que, inconformados com sua falta de "berço", não exitam em apelar ao casamento, na busca incansável da "tradição". Nesse caso, vai aí a possibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Afinal, linhagem é linhagem, não importando se o acesso à "tradição" se dá pela entrada da frente ou pela saída de trás.

O meu caso não foge a essa regra.
Totalmente sem tradição, minha família teve seu início a partir de um português sem sobre-nome.
- Qual o seu nome meu senhor?
- Antônio José...
- Mas Antônio José de quê?
- Antônio José de nada ó pá.
- Antônio José de Nada é o nome completo? O sobre-nome é "Nada"?
- Não, o sobre-nome é nenhum.
- Afinal, qual o seu nome completo?
- Ó pá, é Antônio José e ponto final, mas sem escrebere o "ponto final". Está bem entendidinho?
- Então vamos tentar a sua filiação. Nome do seu pai?
- José Antônio.
-...De quê?
- Só isso
- ?!? Tá de sacanagem portuga? Nem quero saber o nome de sua mãe.


Não preciso dizer que hoje, alguns de seus decendentes retorcem-se na busca de alguma junção matrimonial que os "tradicionalize". Outros tentam desesperadamente arquitetar algum sobre-nome que se encaixe na história de meu avô. Teria sido Pato? Ou Pereira? Quem sabe Oliveira?

De onde veio, de que família pertencia, onde nasceu...Dele só se sabe que era um tripeiro. Não no sentido tripeiro, nascido no Porto (para quem não sabia dessa, vale a curiosidade), mas o tripeiro que vende tripas, miúdos do boi...não os miúdos no sentido dos "filhos dos bois portugueses", mas no sentido das vísceras do bicho.
O que se sabe é que, aproveitando-se de uma época em que o homem da casa não tinha satisfações a dar, meu avô iniciou a família "José Ninguém".
...E assim espalhou suas sementes pelas terras brasileiras, mais precisamente em Turiaçú, entre Madureira e Rocha Miranda, no subúrbio do Rio de Janeiro.

O que se fala sobre Antônio, dá conta de um bom homem, trabalhador honesto e pai dedicado, mais nada (o que já me basta).
Sua cidade portuguesa de nascimento segue como uma incógnita. Suas reconhecidas presteza, bondade e simpatia, de certa forma o protegeram de especulações maldosas, que certamente seriam feitas a respeito de sua reduzida alcunha.
Mas eu, como descendente e herdeiro de sua cepa, por direito de neto, serei inconseqüente e arriscarei em especular:
Teria Antônio José emprenhado alguma galega e partido para o Brasil, abdicando do sobre-nome para não ser localizado por um pai furioso?
Faz sentido...
Ou tudo isso, mas no lugar do pai furioso, um marido traído?
Faz mais sentido ainda...
Ou teria dado um calote na praça lusitana e fugido para o Brasil de modo a usufruir dos benefícios do golpe?
Considerando sua vida inicial em Turiaçú, num canto da casa que minha avó dividia com suas irmãs...Se foi golpe, foi mal sucedido.

A verdade mesmo de toda essa história, é que o bom Antônio José construiu uma família sem nenhuma tradição. A família "José Ninguém", cuja maior tradição é exatamente essa...Não ter tradição alguma.
Então? Vamos continuar assim? Vamos manter nossa tradição secular?

Enfim...Tradição é isso.


Marcos Santos

Fotografia: Gravura sobre a tradição em família, de Gordon Lawson

2.10.10

Como fotografar com efeito de fundo desfocado.

Não tenho a pretensão de dar aulas de fotografia. Mas acho bom passar algum conhecimento na medida em que vou aprendendo a manusear o equipamento fotográfico. Nós fotógrafos amadores, só temos a nós mesmos, amantes da fotografia, para recorrermos num momento de dúvida. Então vamos lá.


Sabe aquele efeito de fundo desfocado que conseguimos eventualmente quando manuseamos nossa câmera no modo de "inteligência automática"?  Vamos fazê-lo de forma deliberada e controlada, sempre que quisermos.
Primeiramente regule sua câmera para o controle manual de abertura e velocidade (normalmente na posição "M").


Vejam a foto abaixo. O fundo, embora tendendo ao infinito, está relativamente focado. Isso ocorreu porque usamos uma abertura pequena (f8.0) para a sensibilidade ISO 100. Quanto maior o número, mais fechado fica o diafragma. No caso da fotografia, quanto mais fechado estiver o diafragma, maior será a profundidade do campo e vice-versa.


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/160 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 10.2mm
Flash usado: Não
Tripé usado: Sim

Agora vejam a próxima foto . Notem que o fundo está totalmente desfocado. Neste caso eu usei uma abertura maior (f3.2) e compensei a entrada de luz, diminuindo o tempo de exposição "S"(s=1/1000s)


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/1000 s
Abertura: 3.2
Distância focal: 10.2mm
Flash usado: Não
Tripé usado: Sim

Façam o teste e vejam como é fácil. A minha câmera já é velhinha (2007), da linha Lumix FZ da Panasonic. Uma nova é relativamente barata.
Espero que tenham gostado.

Marcos Santos

Bom dia. fotografia, natureza, NatureBeauty, riodejaneiro, recreiodosbandeirantes, photooftheday, photography