30.12.10

Confie

Por mais nebulosos que se pareçam os seus dias...


...o Sol sempre encontrará um modo de te iluminar.


Um Feliz 2011.

Marcos Santos
Fotos tiradas em 30/12/2010 às 05:55 hs

12.12.10

Adoro

"Adoro". Esse é o lema do Via Parque Shopping.


Mas eu gostaria que esse lema mudasse para "Respeito"

"Deficientes, contentem-se com o primeiro piso. O Segundo piso não é para aleijados. E por favor não perturbe, temos mais o que fazer".
Eles até não falam isso, mas pensam e agem exatamente assim.



A vida cotidiana de quem tem deficiências físicas, esbarra permanentemente com pessoas bem instruídas, bem formadas, bem vestidas, bem motorizadas com seus carrões, bem penteadas, bem maquiadas e bem conectadas com seus iphones, mas que no fundo, cagam e andam para qualquer coisa que diste um milímetro do seu próprio umbigo.


Nossa sociedade é um lixo de hipocrisia e egoísmo.


"Adoro"? Adora quem?
Talvez agora estejam adorando a Vila Cruzeiro e o Morro do Alemão.


Marcos Santos
Rio de Janeiro

11.12.10

Chuva de Luz


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/320 s
Abertura: 5.6
Distância focal: 8.1mm
Flash usado: Não

6.12.10

Solidão


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/500 s
Abertura: 5.6
Distância focal: 82.8mm
Flash usado: Não

20.11.10

Manobra de risco

Fotos em seqüência.


ISO: 100
Exposição: 1/500 s
Abertura: 6.3
Distância focal: 52.1mm
Flash usado: Não


ISO: 100
Exposição: 1/500 s
Abertura: 7.1
Distância focal: 82.8mm
Flash usado: Não


ISO: 100
Exposição: 1/500 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 82.8mm
Flash usado: Não


ISO: 100
Exposição: 1/500 s
Abertura: 5.6
Distância focal: 82.8mm
Flash usado: Não

16.11.10

Macro


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/250 s
Abertura: 4.0
Distância focal: 13.6mm
Flash usado: Não

13.11.10

Burro Sem Rabo


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/50 s
Abertura: 3.6
Distância focal: 15.1mm
Flash usado: Não


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 200
Exposição: 1/50 s
Abertura: 3.6
Distância focal: 55.4mm
Flash usado: Não

12.11.10

Competência de Merda

O boçal número um do país vive de frases de efeito. Essa semana abriu sua fétida latrina para bostejar sobre o Enem. Logicamente que o estrupício não pediu desculpas pela ineficiência do Governo da qual comanda. Não, isso não. Mais uma fez o molusco desqualificou quem o critica e defendeu a incompetência de seus comandados.

Oito anos dessa canalhice é tempo demais. Eu estou contando os minutos.
Assuma logo o governo Dilma. Se esse é o preço para nos livrarmos desse imbecil, vá lá que seja...

Marcos Santos

9.11.10

Outdoor



Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/500 s
Abertura: 7.1
Distância focal: 45.9mm
Flash usado: Não

1.11.10

Baia da Guanabara


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/320 s
Abertura: 5.6
Distância focal: 35.2mm
Flash usado: Não

30.10.10

Horário do Sol


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/320 s
Abertura: 5.6
Distância focal: 26.4mm
Flash usado: Não


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/1300 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 82.8mm
Flash usado: Não

24.10.10

Nunca antes, nesse país...


Perdidos...


...mas solidários.

Vítimas de um estado preocupado em auto-promoção, crianças vivem cada vez mais, e em maior número, no abandono total.
Nosso estado finge atender essa grave demanda, ao ler os belos relatórios de ONG's bem instaladas em nosso país.

Segundo a frase de José Padilha (Tropa de Elite e Ônibus 174), citada por Caio Fábio em seu sítio: “Tem ONGs seríssimas, mas há também as que não são. Quando fiz ‘Ônibus 174’, olhei a estatística de meninos de rua e ONGs no Rio [Rio de Janeiro]. Eram 3.400 meninos de rua e 1.615 ONGs. Se cada uma pegasse dois, acabava o problema. As ONGs são importantes, mas desconfio da proliferação.”

Eu acredito nessa frase.
Vale lembrar que o documentário "Ônibus 174" foi lançado 2002. Estamos em 2010.

"Nunca antes, nesse país..." 
Essa é a frase favorita de quem já esqueceu de onde veio ou, quem sabe, sequer teve consciência disso um dia.

Fotos tiradas em 23/10/2010, no Largo do Machado - Rio de Janeiro - Brasil.
Marcos Santos

16.10.10

Lagoa de Marapendi


Câmera: Panasonic Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/500 s
Abertura: 7.1
Distância focal: 4.6mm
Flash usado: Não

8.10.10

Tradição

"Tradição (do latim: traditio, tradere = entregar; em grego, na acepção religiosa do termo, a expressão é paradosis παραδοσις) é a transmissão de práticas ou de valores espirituais de geração em geração, o conjunto das crenças de um povo, algo que é seguido conservadoramente e com respeito através das gerações.
A tradição e sua presença na sociedade baseiam-se em dois pressupostos antropológicos:
a) as pessoas são mortais;
b) a necessidade de haver um nexo de conhecimento entre as gerações."...


Não há dúvidas de que a tradição vai muito além dessa breve definição, preguiçosamente copiada da Wikipédia.
Para nós mortais, religiosos ou não, o significado de tradição passa por castas, famílias, classes sociais...Enfim, por todos aqueles que, de alguma forma consideram-se especiais diante dos outros pobres mortais. Aliás, mais pobres e mais mortais do que eles próprios.

A família entra como um parágrafo a parte quando o assunto é tradição. Algumas famílias sentem-se mais tradicionais do que outras. A escala de medida não é bem clara, mas mesmo assim elas conseguem diferenciarem-se, qualificando a si próprios, enquanto desqualificam os outros.

Alguns enchem a boca para pronunciar seus sobre-nomes italianos: "Antognoni", "Farfareli", "Fidelini", "Falconieri"...Na verdade descendem de pobretões que vieram ocupar com grande vantagem e incentivos, os lugares deixados pelos pobres escravos negros, largados na sarjeta. Embora não conhecessem nada do riscado da cafeicultura, eram mais branquinhos e bonitinhos do que aqueles "crioulos horrorosos" (Não consigo enxergar outro motivo para tal sacanagem). Já há outros que capricham no biquinho para pronunciar "Fechecler", "Abajour"...Enfim, tradicionalíssimos de grande e nobre estirpe.

Mas existem aqueles que, inconformados com sua falta de "berço", não exitam em apelar ao casamento, na busca incansável da "tradição". Nesse caso, vai aí a possibilidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Afinal, linhagem é linhagem, não importando se o acesso à "tradição" se dá pela entrada da frente ou pela saída de trás.

O meu caso não foge a essa regra.
Totalmente sem tradição, minha família teve seu início a partir de um português sem sobre-nome.
- Qual o seu nome meu senhor?
- Antônio José...
- Mas Antônio José de quê?
- Antônio José de nada ó pá.
- Antônio José de Nada é o nome completo? O sobre-nome é "Nada"?
- Não, o sobre-nome é nenhum.
- Afinal, qual o seu nome completo?
- Ó pá, é Antônio José e ponto final, mas sem escrebere o "ponto final". Está bem entendidinho?
- Então vamos tentar a sua filiação. Nome do seu pai?
- José Antônio.
-...De quê?
- Só isso
- ?!? Tá de sacanagem portuga? Nem quero saber o nome de sua mãe.


Não preciso dizer que hoje, alguns de seus decendentes retorcem-se na busca de alguma junção matrimonial que os "tradicionalize". Outros tentam desesperadamente arquitetar algum sobre-nome que se encaixe na história de meu avô. Teria sido Pato? Ou Pereira? Quem sabe Oliveira?

De onde veio, de que família pertencia, onde nasceu...Dele só se sabe que era um tripeiro. Não no sentido tripeiro, nascido no Porto (para quem não sabia dessa, vale a curiosidade), mas o tripeiro que vende tripas, miúdos do boi...não os miúdos no sentido dos "filhos dos bois portugueses", mas no sentido das vísceras do bicho.
O que se sabe é que, aproveitando-se de uma época em que o homem da casa não tinha satisfações a dar, meu avô iniciou a família "José Ninguém".
...E assim espalhou suas sementes pelas terras brasileiras, mais precisamente em Turiaçú, entre Madureira e Rocha Miranda, no subúrbio do Rio de Janeiro.

O que se fala sobre Antônio, dá conta de um bom homem, trabalhador honesto e pai dedicado, mais nada (o que já me basta).
Sua cidade portuguesa de nascimento segue como uma incógnita. Suas reconhecidas presteza, bondade e simpatia, de certa forma o protegeram de especulações maldosas, que certamente seriam feitas a respeito de sua reduzida alcunha.
Mas eu, como descendente e herdeiro de sua cepa, por direito de neto, serei inconseqüente e arriscarei em especular:
Teria Antônio José emprenhado alguma galega e partido para o Brasil, abdicando do sobre-nome para não ser localizado por um pai furioso?
Faz sentido...
Ou tudo isso, mas no lugar do pai furioso, um marido traído?
Faz mais sentido ainda...
Ou teria dado um calote na praça lusitana e fugido para o Brasil de modo a usufruir dos benefícios do golpe?
Considerando sua vida inicial em Turiaçú, num canto da casa que minha avó dividia com suas irmãs...Se foi golpe, foi mal sucedido.

A verdade mesmo de toda essa história, é que o bom Antônio José construiu uma família sem nenhuma tradição. A família "José Ninguém", cuja maior tradição é exatamente essa...Não ter tradição alguma.
Então? Vamos continuar assim? Vamos manter nossa tradição secular?

Enfim...Tradição é isso.


Marcos Santos

Fotografia: Gravura sobre a tradição em família, de Gordon Lawson

2.10.10

Como fotografar com efeito de fundo desfocado.

Não tenho a pretensão de dar aulas de fotografia. Mas acho bom passar algum conhecimento na medida em que vou aprendendo a manusear o equipamento fotográfico. Nós fotógrafos amadores, só temos a nós mesmos, amantes da fotografia, para recorrermos num momento de dúvida. Então vamos lá.


Sabe aquele efeito de fundo desfocado que conseguimos eventualmente quando manuseamos nossa câmera no modo de "inteligência automática"?  Vamos fazê-lo de forma deliberada e controlada, sempre que quisermos.
Primeiramente regule sua câmera para o controle manual de abertura e velocidade (normalmente na posição "M").


Vejam a foto abaixo. O fundo, embora tendendo ao infinito, está relativamente focado. Isso ocorreu porque usamos uma abertura pequena (f8.0) para a sensibilidade ISO 100. Quanto maior o número, mais fechado fica o diafragma. No caso da fotografia, quanto mais fechado estiver o diafragma, maior será a profundidade do campo e vice-versa.


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/160 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 10.2mm
Flash usado: Não
Tripé usado: Sim

Agora vejam a próxima foto . Notem que o fundo está totalmente desfocado. Neste caso eu usei uma abertura maior (f3.2) e compensei a entrada de luz, diminuindo o tempo de exposição "S"(s=1/1000s)


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 100
Exposição: 1/1000 s
Abertura: 3.2
Distância focal: 10.2mm
Flash usado: Não
Tripé usado: Sim

Façam o teste e vejam como é fácil. A minha câmera já é velhinha (2007), da linha Lumix FZ da Panasonic. Uma nova é relativamente barata.
Espero que tenham gostado.

Marcos Santos

26.9.10

Banda Larga

Os portugueses da Portugal Telecom (PT) estão ávidos para assumir sua parte nesse bolo (ou embolo?)

Esse é o padrão de qualidade da concessionária Oi no subúrbio do Rio de Janeiro, com o aceite da Anatel do Lula. Um ninho de rato com alto faturamento e nenhum investimento.

Marcos Santos

17.9.10

Vida de Inseto


Câmera: Panasonic
Modelo: DMC-FZ18
ISO: 400
Exposição: 1/250 s
Abertura: 4.2
Distância focal: 82.8mm
Flash usado: Não

11.9.10

Natureza Recomposta

 Parque Marapendi.


ISO: 100
Exposição: 1/50 s
Abertura: 3.2
Distância focal: 7.2mm
Flash usado: Não


ISO: 200
Exposição: 1/125 s
Abertura: 2.8
Distância focal: 4.6mm
Flash usado: Não


ISO: 160
Exposição: 1/100 s
Abertura: 3.6
Distância focal: 49.9mm
Flash usado: Não


ISO: 160
Exposição: 1/40 s
Abertura: 2.8
Distância focal: 5.4mm
Flash usado: Não


ISO: 100
Exposição: 1/60 s
Abertura: 2.8
Distância focal: 5.4mm
Flash usado: Não

Todas as fotos estão com saturação forçada e efeito Tiltshift.

6.9.10

Copacabana

Vista do Forte.

ISO: 100
Exposição: 1/400 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 18.3mm
Flash usado: Não

28.8.10

Rio de Incompetência.

Incompetência com desleixo.


Incompetência sem pintura.


Incompetência sem retoques.


Esta bela seqüência foi tirada em 24/07/2010, na Avenida Lúcio Costa - Praia do Recreio dos Bandeirantes - Local onde se paga um dos maiores IPTU's do país. Imaginem o resto, onde o poder público pensa que nos faz um favor com seu serviço de bosta.

26.8.10

Rio de Névoa

Manhã de 26 de agosto de 2010.


ISO: 100
Exposição: 1/1600 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 4.6mm
Flash usado: Não


ISO: 100
Exposição: 1/1600 s
Abertura: 8.0
Distância focal: 11.4mm
Flash usado: Não

14.8.10

Educação Inclusiva

Minha sobrinha pediu-me auxílio a respeito desse tema. Afinal, como pai de um menino com paralisia cerebral e perdas cognitivas severas, além de cego e cadeirante, seria natural o meu conhecimento a respeito do caso. Sei que minha opinião não é válida para trabalhos acadêmicos, principalmente por não constar da bibliografia vigente. Mas sei que minha opinião não é especulativa e não brota de teorizações ou ilações. Brota de minhas necessidades e observações do dia a dia.

Antes de tudo, vamos deixar claro que a pessoa com necessidades especiais é uma pessoa com deficiências. Essas deficiências podem ser motoras, visuais, auditivas, mentais... Então vamos chamar a pessoa com necessidades especiais, simplesmente de “deficiente”. A expressão “pessoa com necessidades especiais” é por demais hipócrita, piegas e não resolve o problema.

Todo cidadão tem direito à educação, seja ele deficiente ou são. Quando o estado preocupa-se, tentando viabilizar a educação dos deficientes, está na verdade, tentando cumprir com sua obrigação, educar o cidadão. Não há aí, no caso do cumprimento de metas educacionais, motivos para vangloriar. A educação especial inclusiva trabalha principalmente com ferramentas possíveis, ao alcance da unidade de ensino e do educador. No entanto, a educação verdadeiramente inclusiva (no meu modo de pensar), totalmente negligenciada por todos, é a educação inclusiva de toda a sociedade.

Por exemplo: Um deficiente, tendo recebido toda educação necessária para sua participação no mercado de trabalho, esbarra na falta de educação inclusiva do resto da população. No contexto dessa falta de educação, podemos incluir o próprio estado, que pouco faz e quando faz algo, o faz em tom de paternalismo.

Arquitetos, engenheiros, urbanistas, entre outros construtores, só iniciaram uma preocupação mais incisiva com a acessibilidade, devido a força da lei. Ou seja, na verdade o fizeram por imposição, não por ideologia social ou convicção.

A educação especial, aplicada ao deficiente, inclusiva ou não, poderá ter sua efetivação limitada pelo grau de deficiência, associado ao grau de determinação e empenho do mesmo, ambos associados ao tipo de função almejada.

De qualquer forma, mesmo obtendo êxito educacional ou profissional, o deficiente esbarrará no seu dia a dia, na falta de educação inclusiva do resto da população.

Quando vemos cones, correntes, entre outros tipos de barreiras, protegendo as vagas de especiais para automóveis, nos shoppings e nos supermercados, temos aí um dos grandes indicadores da falta de educação inclusiva da sociedade como um todo, de como a sociedade é egoísta e excludente.

Se levarmos em conta que essas barreiras existem para a proteção dessas vagas, contra o abuso de pessoas sãs, possuidoras de carros, não podemos desconsiderar o nível econômico e educacional dessas pessoas. Elas estão na parte de cima da pirâmide.

Essas são as mesmas pessoas, que por algum momento na vida, tiveram seus filhos e sentiram as dificuldades dos deficientes, ao empurrarem seus carinhos de bebês. Nesse período sentiram-se prejudicadas em seu direito de acesso. Mas logo os filhos crescem, os carrinhos de bebês são aposentados e esses pais estão prontos para burlar o direito dos outros, deficientes que continuam precisando das vagas especiais e infelizmente, dos cones para guardá-las. Fôssemos uma sociedade inclusiva, esses cones não existiriam. Não com essa função.

A educação inclusiva deve ser reavaliada e rediscutida, pois uma sociedade inclusiva inclui os excluídos, enquanto uma sociedade excludente jamais incluirá os excluídos, por mais educação inclusiva que estes venham a receber.

O ser humano deve aprender a incluir os diferentes desde criança, independente da convivência ou não com eles. Somente assim, com uma sociedade menos egoísta e mais fraterna, a verdadeira inclusão será alcançada.


Marcos Santos
Rio de Janeiro

6.8.10

Adoniran Barbosa

Hoje, 06 de agosto de 2010, Adoniran Barbosa faria cem anos. Encerrando a série de posts sobre o artista, indico seu último disco gravado, "Adoniran Barbosa e Convidados". Neste álbum Adoniran conta com a participação de Elis Regina, Gonzaguinha, Djavan, entre outros.







"Tiro ao Alvaro" foi a faixa de maior sucesso. Nela, a parceria com Elis Regina mostra que a música de Adoniram sempre será atemporal.



Tiro ao Alvaro
Adoniran Barbosa e Elis Regina
Composição: Adoniran Barbosa


De tanto leva "frechada" do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê?
"Táubua" de tiro ao Álvaro
Não tem mais onde furá


Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que veneno estriquinina
Que peixeira de baiano
Teu olhar mata mais que atropelamento de "automóver"
Mata mais que bala de "revórver"

foto: amazon.com

5.8.10

Adoniran Barbosa

O Samba do Arnesto.

Adoniran Barbosa - 01 - O Samba Do Arnesto.mp3
Samba do Arnesto
Adoniran Barbosa


O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás
Nós fumos não encontremos ninguém
Nós voltermos com uma baita de uma reiva
Da outra vez nós num vai mais
Nós não semos tatu!
No outro dia encontremo com o Arnesto
Que pediu desculpas mais nós não aceitemos
Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na porta
Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá
Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,
Assinado em cruz porque não sei escrever"


Arnesto

3.8.10

Adoniran Barbosa

Mais uma pérola de Adoniram, o Samba Italiano.


Samba Italiano
Adoniran Barbosa

Falado:
"Gioconda, pitina mia,
Vai brincar alí no mareí no fundo,
Mas atencione co os tubarone, ouvisto
Capito meu san benedito".

Piove, piove,
Fa tempo que piove qua, Gigi,
E io, sempre io,
Sotto la tua finestra
E vuoi senza me sentire
Ridere, ridere, ridere
Di questo infelice qui

Ti ricordi, Gioconda,
Di quella sera in Guarujá
Quando il mare ti portava via
E me chiamaste
Aiuto, Marcello!
La tua Gioconda ha paura di quest'onda

31.7.10

Adoniran Barbosa

100 anos.

No dia 06 de agosto de 2010 comemoraremos o centenário do nascimento de Adoniran Barbosa (nome artístico de João Rubinato), um dos maiores e mais inovadores compositores da música popular brasileira. Ninguém cantou o povo pobre paulistano (e porque não brasileiro) como fez Adoniran.
A partir de hoje estarei postando uma seleção de músicas desse grande artista.
Espero que gostem.


A primeira e mais conhecida é Trem das Onze. Acredito que não haja brasileiro que nunca tenho ouvido ao menos o refrão dessa música. Ouçam e cantem.



Trem das Onze (Adoniran Barbosa)


Não posso ficar nem mais um minuto com você
Sinto muito amor, mas não pode ser
Moro em Jaçanã,
Se eu perder esse trem
Que sai agora as onze horas
Só amanhã de manhã.

Além disso mulher
Tem outra coisa,
Minha mãe não dorme
Enquanto eu não chegar,
Sou filho único
Tenho minha casa para olhar

E eu não posso ficar...



Marcos Santos
Rio de Janeiro

29.7.10

Tunel Acústico da Gávea

Fiquei arrepiado com a possibilidade do Prefeito Eduardo Paes batizar o Túnel Acústico com o nome do skatista Rafael. 
Caro prefeito, use esse expediente para homenagear nossos heróis, pessoas que morrem no cumprimento do dever e em favor da sociedade. Outro dia mesmo, um funcionário da Lamsa morreu atropelado por um caminhão de aterro, quando ajudava uma cidadã (que também morreu no acidente). Nesse caso, o senhor mudará o nome da Linha Amarela?   E a Avenida Brasil? O senhor mudará o nome todos os dias, para cada TRABALHADOR atropelado?  Idem para a Avenida das Américas??
Faz isso não prefeito... Nós não somos só isso. Temos algo a mais dentro de nossas cabeças. 
Com todo o respeitando a dor de quem perde um filho, (e falo com conhecimento de causa)  os Pinheiro Guimarães já foram suficientemente homenageados nessa cidade.

Marcos Santos
Rio de Janeiro

21.7.10

19.7.10

África 2010

Fim de festa.
É hora de guardar as bandeirolas.

ISO: 400
Exposição: 1/40 s
Abertura: 4.2
Distância focal: 82.8mm
Flash usado: Não

16.7.10

Minc e as sacolas

A lei das sacolas plásticas, de autoria do Deputado Carlos Minc e sancionada pelo governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho, traz a tona uma característica curiosa de seu autor.


Segundo consta da imprensa, a tal lei traz as seguintes obrigações aos supermercados:
1)Dar gratuitamente sacolas retornáveis aos clientes;
2)Oferecer um desconto de R$ 0,03 a quem levar bolsas retornáveis para transportar as compras, a cada cinco itens adquiridos;
3)Trocar um quilo de arroz ou qualquer outro produto da cesta básica, de valor similar, a cada devolução de 50 sacolas, que devem estar limpas.(Limpas em que nível?)


Agora vamos à prática:
1) Se os supermercados vão distribuir gratuitamente sacolas retornáveis aos clientes, dentro de pouco tempo estas sacolas, mais fortes, com mais peso e igualmente maléficas ao meio ambiente, estarão infestando os lixões, pois os clientes farão questão de não levar as suas velhas sacolas caseiras, visto que receberão uma sacola nova, mais forte, mais bonita e ainda por cima, de graça. A médio e longo prazo, essas sacolas terão o mesmo destino das sacolas atuais, o lixo;


2) Se os mercados oferecerem para quem levar sacolas retornáveis, o desconto de R$0,03 em cada cinco itens comprados, esse custo será repassado para todos os consumidores e no final todos pagarão;


3) Agora imagine o novo leque de trabalho dos catadores de lixo:
O esvaziamento de sacolas encontradas no lixo (obviamente contaminadas), juntando cinqüenta delas e trocando-as por um quilo de arroz. O que mercados farão com essas sacolas, repito, contaminadas? Nos devolverão com nossas compras em seu interior? Imagine ainda a nova estrutura montada nos mercados para efetuarem essa troca. Esse custo seria repassado para quem?


Caro Deputado Carlos Minc, não bastaria que os mercados cobrassem uma mixaria pelas sacolas? O custo seria direcionado para quem as comprasse. As pessoas naturalmente levariam suas sacolinhas de lona às compras, como nos tempos da vovó.


Como se pode notar, uma lei feita por alguém que não se preocupou em fazer uma pequena reflexão sobre a mesma. Eu levei apenas cinco minutos de meu tempo. Carlos Minc, ou não levou nenhum minuto, ou é muito burro (ou esperto).
Na minha modesta opinião, Carlos Minc é daquelas pessoas que vagueiam entre a política e a vadiagem, nunca tendo contato com o trabalho de fato, pois quem trabalha não gasta tempo para bolar uma lei tão ineficaz, tão idiota quanto essa.

E se não quiser receber críticas, comporte-se de acordo com o cargo que exerce. Acima de tudo, nos respeite. Nós não somos os imbecis que o senhor imagina.

PS.: Eu já estou de saco cheio (saco retornável) dessas figuras.


Marcos Santos
Rio de Janeiro

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