Lamento por meus amigos flamenguistas, mas que a torcida do Flamengo é cada vez maior, graças a propaganda maciça e excessiva que a mídia faz e empurra goela abaixo das pessoas, ninguém pode negar. Esta é uma teoria minha que está sempre sendo testada e comprovada. E a coisa é feita de maneira explícita.
Vou citar alguns exemplos:
Aos sábados, o programa Global "Estrelas" da apresentadora Angélica começa cantando "Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Teresa", da música "País Tropical" de Jorge Ben. Gosto dessa música, gosto do Jorge Ben, mas que essa música foi composta numa época em que o contexto era outro, em que as cifras envolvidos eram bem inferiores às multimilionárias de hoje...isso lá era.
Com essa simpatia irradiante, que criança não quer torcer para o Flamengo?
No domingo de manhã, dia do clássico Flamengo x Vasco, o programa Esporte Espetacular dedicou boa parte de seu tempo para encher a bola do Ronaldinho Gaúcho. Vamos combinar, mas o Tiago Neves carregou o dentuço nas costas durante meses e não houve esse tipo de apelo para ele. Também acho que o Gaúcho esteja jogando bem, mas não é isso tudo que querem vender para nós...mas como há muita grana envolvida nessa estadia dele por aqui, esse comportamento da mídia é compreensível...É deplorável, mas é compreensível.
Até aqui, as criancinhas querem ser tão lindas quanto o Ronaldinho.
Durante o mesmo jogo Flamengo x Vasco, a torcida Rubro-Negra fez o coro "Uh, Vai morrer!" enquanto o treinador Ricardo Gomes lutava pela vida e era atendido por para-médicos depois de sofrer um derrame cerebral. Nesse momento a mídia, defendendo seus interesses em agigantar a torcida flamenguista, calou-se. Uma notinha aqui, outra acolá, geralmente em blogs, foi o que se pode ler sobre esse comportamento repugnante, marginal. Nesse caso, o Flamengo e sua torcida passaram incólumes, sem sofrem nenhum arranhão em sua imagem de "Sensacionais". Eu morreria de vergonha...aliás, estou morrendo de vergonha só de imaginar que esse tipo de gente está circulando na minha cidade, fazendo pose de bacana. Gente de princípios e moral extremamente duvidosos.
Esses são os mulambos que eu conheço.
Disso...bem..., disso as criancinhas não ficaram sabendo.
Não acho que o Flamengo tenha algo a haver com esse comportamento, mas que ele, como entidade econômica, se beneficia da super-exposição positiva de sua torcida, não tenho dúvidas. Basta ver que a fatia recebida pelo mesmo Flamengo, pelos direitos de transmissão dos jogos, é bem maior do que de outros clubes do mesmo porte e com investimentos iguais ou maiores do que os dele.
Enfim, este é apenas um registro meu. Uma impressão que tenho dos fatos a minha volta. Gosto de futebol, mas preferia o futebol dos tempos em que qualquer jogo do América trazia mais de 60.000 pessoas ao Maracanã. Do tempo em que a divisão das informações não era feita na proporção das cifras milionárias. E notem que eram tempos de ditadura.
Marcos Santos
Vou citar alguns exemplos:
Aos sábados, o programa Global "Estrelas" da apresentadora Angélica começa cantando "Sou Flamengo e tenho uma nega chamada Teresa", da música "País Tropical" de Jorge Ben. Gosto dessa música, gosto do Jorge Ben, mas que essa música foi composta numa época em que o contexto era outro, em que as cifras envolvidos eram bem inferiores às multimilionárias de hoje...isso lá era.
Com essa simpatia irradiante, que criança não quer torcer para o Flamengo?
No domingo de manhã, dia do clássico Flamengo x Vasco, o programa Esporte Espetacular dedicou boa parte de seu tempo para encher a bola do Ronaldinho Gaúcho. Vamos combinar, mas o Tiago Neves carregou o dentuço nas costas durante meses e não houve esse tipo de apelo para ele. Também acho que o Gaúcho esteja jogando bem, mas não é isso tudo que querem vender para nós...mas como há muita grana envolvida nessa estadia dele por aqui, esse comportamento da mídia é compreensível...É deplorável, mas é compreensível.
Até aqui, as criancinhas querem ser tão lindas quanto o Ronaldinho.
Durante o mesmo jogo Flamengo x Vasco, a torcida Rubro-Negra fez o coro "Uh, Vai morrer!" enquanto o treinador Ricardo Gomes lutava pela vida e era atendido por para-médicos depois de sofrer um derrame cerebral. Nesse momento a mídia, defendendo seus interesses em agigantar a torcida flamenguista, calou-se. Uma notinha aqui, outra acolá, geralmente em blogs, foi o que se pode ler sobre esse comportamento repugnante, marginal. Nesse caso, o Flamengo e sua torcida passaram incólumes, sem sofrem nenhum arranhão em sua imagem de "Sensacionais". Eu morreria de vergonha...aliás, estou morrendo de vergonha só de imaginar que esse tipo de gente está circulando na minha cidade, fazendo pose de bacana. Gente de princípios e moral extremamente duvidosos.
Esses são os mulambos que eu conheço.
Disso...bem..., disso as criancinhas não ficaram sabendo.
Não acho que o Flamengo tenha algo a haver com esse comportamento, mas que ele, como entidade econômica, se beneficia da super-exposição positiva de sua torcida, não tenho dúvidas. Basta ver que a fatia recebida pelo mesmo Flamengo, pelos direitos de transmissão dos jogos, é bem maior do que de outros clubes do mesmo porte e com investimentos iguais ou maiores do que os dele.
Enfim, este é apenas um registro meu. Uma impressão que tenho dos fatos a minha volta. Gosto de futebol, mas preferia o futebol dos tempos em que qualquer jogo do América trazia mais de 60.000 pessoas ao Maracanã. Do tempo em que a divisão das informações não era feita na proporção das cifras milionárias. E notem que eram tempos de ditadura.
Marcos Santos