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Eu tinha uma certa dificuldade de entender os critérios estabelecidos por ele, para distinguir o que era “erva daninha” , do que não era. Enquanto na sua área de trabalho, a produtividade era altíssima, na minha, a coisa ficava sempre meio “travada”.
Ele não me dava moleza, e reclamava do meu excesso de tempo perdido, analisando as pequenas plantas.
Eu ainda argumentava:
- Mas essas pequenas plantas daqui estão dando flor...
Ele ordenava:
- Isso é erva daninha! Arranca !
Reconheço que ficava com o coração meio partido, mas acabava arrancando a pobre e pequenina flor.
A vantagem é que meu sentimento de culpa era suplantado por uma ordem superior, fazendo com que meu rendimento aumentasse. Embora fosse me desculpando com cada pequena erva “bonitinha” arrancada.
Mas valia a pena. Após algumas horas de trabalho eu estava muito cansado, mas nós dois estávamos orgulhosos...de mim.
Hoje tenho que reconhecer...Meu pai, na sua simplicidade, soube me ensinar a dar valor ao trabalho. Nesses pequenos detalhes, o nosso caráter vai sendo forjado. Embora continue achando que ele tenha sido injusto com aquelas pequenas ervas.
Pequeninas plantas, que floresciam e lutavam para me mostrar sua beleza microscópica.