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9.9.08

Inclusão Social - Ilusão Social

Diante da campanha medíocre da delegação Brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim, restou aos dirigentes, imprensa e atletas brasileiros, discursos distintos.

Os Atletas alegam falta de incentivo e visibilidade, enquanto os dirigentes buscam contas sofisticadas, fazendo uso de fatoriais, derivadas, arcos-senos, cossenos, para o resultado final sair sempre com uma rotunda tangente.

Na verdade dirigentes e imprensa (que entra na história como bicão), partilham da melhor parte do bolo.

Cabe aos dirigentes, a tarefa árdua de levar seus familiares e aspones, numa verdadeira caravana free-shop.
A imprensa encarrega-se de juntar-se em delegações enormes (sempre os mesmos, por sinal), e de lá verborrajam exaustivamente, o que poderia ser feito a partir daqui, do estúdio. Mas o patrocinador está pegando, então vamos gastar até o fim.

Aos atletas cabe as velhas desculpas de sempre. Falta de incentivo, falta de verba, falta de v... A verdade é que nossos atletas partem sempre para o discurso da auto-piedade, o que é um saco.
Do futebol, que merece um capítulo a parte, prefiro não falar, pois a verdade é que esses mercenários estão merecendo mesmo, é uma capítulo a menos.



Primeira pagina do Globo Online, omitindo a existência do evento Paraolímpico

Mas temos esperança. Temos ídolos. Temos gênios do esporte olímpico.
Meus ídolos do esporte, dificilmente são fotografados, filmados e divulgados. Não tem os incentivos de outros atletas olímpicos, nem a nível de patrocínio, nem a nível de divulgação pela mídia.


Daniel Dias - Até o momento, três medalhas de ouro e dois recordes mundiais.

Meus ídolos são pessoas sem braços ou sem pernas, muitas das vezes sem braços e pernas. Meus ídolos são atletas cegos, surdos. São pessoas cuja maior barreira é imposta no dia a dia. A barreira da segregação, da falta de oportunidades, barreira da exclusão social. Mas que dão seu sangue para trazerem orgulho e honra para um país que os desonra, que finge a sua não-existência, como se fossem ácaros empurrados para debaixo de um tapete persa.

Meus ídolos estão brilhando nos Jogos Para-Olímpicos de Pequim. A imprensa finge que não, mas eles estão lá.


Recordes Mundiais estão sendo quebrados todos os dias por um brasileiro.

...mas eles são aleijados...não vendem pasta de dente, não conseguem novos clientes para os bancos brasileiros...

Mas eles são meus ídolos, exemplos para meu filho... Estão brilhando e exijo respeito e reconhecimento por parte da imprensa. Não aquela conversa piegas, do coitadinho. Aquela conversa de gente despreparada para os desafios da vida.



Crianças assistindo aos Jogos Para-Panamericanos - A procura de seus ídolos


Meus ídolos estão brilhando. Estão quebrando recordes. Estão dando sangue pelo Brasil.
Deixem que tenhamos nossos ídolos. Não os joguem para debaixo do tapete.

Marcos Santos
Rio de Janeiro

14.8.08

China - A celebração das tradições


A abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim teve, como todos os anteriores, o ingrediente histórico de um povo.

A China, como país milenar, usou e abusou da utilização de sua longa e antiga tradição. Passeamos pelas sedas, pelas grandes conquistas, pelas grandes invenções, chegando aos dias de hoje e, é claro, sua mais nova vocação, que é a alta tecnologia.

Mas o melhor de tudo (ou pior), e não poderia deixar de ser apresentado, estaria por vir...

Faz algum tempo, comprei um binóculo de um ambulante. O distinto me vendeu como sendo uma peça de tecnologia russa, remanescente do período da espionagem soviética e sua KGB. Um genuíno equipamento oriundo da guerra fria. Realmente estava impresso nas lentes de cor laranja, "Made in Russia".

Depois desse dia, perdi a conta de quantas vezes exibi aos meus amigos e parentes, meu "possante" binóculo russo.

Semana passada, mais precisamente no dia 08/08/2008, estava aguardando um cliente na porta de uma loja de conveniências, quando um ambulante gordinho, carregando uma enorme sacola de muambas, veio e ofereceu-me um "lindo" binóculo. Devido a sua insistência, acabei aceitando olhar suas mercadorias. O interessante dessa história é que os binóculos eram idênticos ao meu. Na mesma hora falei com o sujeito.
- Eu tenho um desses, é feito na Russia. O camelô me reprimiu de imediato.
- Na Rússia não senhor, esse aqui é de primeira qualidade, Made in Japan.

Depois dessa informação, não resisti e pedi que pudesse olhar com mais "carinho" ao produto "japonês". Uma rápida olhada e tive que sentenciar.
- Meu amigo, esse binóculo é tão japonês, quanto o meu é russo. Na verdade os dois são chineses, acabei de descobrir a procedência do meu agora mesmo.

O rapaz não se deu por vencido e mostrou-me, meio que desaforadamente, as lentes alaranjadas, constando a seguinte frase, "Made in Japan". Respondi apenas.
- Bom para você, mas não quero, pois já tenho. Virei as costas e fui conversar com meu cliente, que a essa altura, já havia chegado e se divertia com o episódio.

...Mas nesse mesmo dia 08/08/2008, havíamos assistido a festa de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. Tudo muito lindo, passos de gigantes pela cidade...crianças cantando e encantando bilhões de pessoas ao redor do mundo...uma beleza.
Uma beleza completa, não fosse a principal vocação chinesa dos tempos atuais. A de fabricar muambas vagabundas e falsificações baratas. Tudo à base de muito chumbo e outros metais pesados em suas composições, num total descaso e desrespeito com os consumidores em todo planeta.

Mas nossos amigos da China ainda iriam nos surpreender mais um pouquinho, pois acreditem, parte da festa de abertura dos Jogos foi virtual, e parte foi mímica mesmo (ridículo). Não vou entrar nos detalhes das fraudes ocorridas, pois com certeza estaria sendo injusto com as outras fraudes que ainda estão por vir.

Mas a verdade é que a China especializou-se tanto na arte de falsificar, que chegou ao ponto máximo da falsificação, e como no caso dos binóculos, na capacidade de falsificar o "MADE IN".

Acreditem, até o "MADE IN" chinês é falso.

E o que é pior, a falsificação faz parte de seu plano de governo.

Marcos Santos
Rio de Janeiro

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