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Já se vai o tempo em que o apito das fábricas acordavam a vizinhança.
Já se vai o tempo da Rádio Relógio com seu tradicional “Você Sabia?”.
Já se vai o tempo em que o Trem “Mangaratiba” passava as 6:00 em Realengo e eu acompanhava sua buzina até que ela sumisse do alcance de meus pequenos ouvidos.
Já vai o tempo em que a honradez fazia, mesmo que tênue, parte da vida cotidiana da maioria das pessoas.
Já vai longe o tempo em que nossos símbolos eram respeitados.
Chegamos no tempo do descaso, o tempo do “tô nem aí”.
Chegamos no tempo em que as coisas boas são taxadas de cafonas.
Tempo de mp3, mp4, mp5, mp10,...mp100,...consumo, consumo, consumo, ufa..., nem dá tempo pra respirar.
Nesses pequenos detalhes, descobrimos o quanto nossas autoridades preocupam-se conosco.
Olhando o Relógio da Central, em sua arquitetura Art Deco, um dos símbolos de nossa Cidade Maravilhosa, chego a uma triste conclusão:
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No momento nós merecemos esse.
Um relógio parado.
Marcos Santos
Rio de Janeiro...
...pra não chorar em fevereiro.
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