Cuidado com a visão, em casos de diabetes, ainda é negligenciado; após 15 anos de diabetes, a prevalência de retinopatia ultrapassa os 80%
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a prevalência do diabetes deva alcançar 333 milhões de pessoas no mundo em 2025. Segundo estudos da entidade, em 2030, o diabetes mellitus será a segunda causa de morte na América Latina, enquanto a AIDS ocupará o quarto lugar. No Brasil, existem cerca de 6 milhões de diabéticos, sendo que 3 milhões desconhecem possuir a doença e, aproximadamente, 1 milhão não procura ou não recebe tratamento. Esses dados tornam a doença um dos principais problemas de saúde pública no País e no mundo, além de gerar conseqüências extras aos próprios sintomas, como é o caso da Retinopatia Diabética - a maior causa de cegueira permanente em indivíduos economicamente ativos e considerada uma das mais freqüentes complicações crônicas do diabetes.
“Após 15 anos de diabetes, a prevalência de retinopatia ultrapassa os 80%, por isso o ideal é fazer controle pelo menos duas vezes por ano, dependendo da gravidade e do perfil de cada paciente”, explica o oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Christian Marcellus de Camargo Campos, que avalia o panorama da doença perto da data dedicada ao seu combate, próximo dia 14 de novembro - Dia Mundial de Combate ao Diabetes.
A Retinopatia Diabética consiste em lesões na retina e se inicia com aparecimento de pequenos pontos de sangramento. O agravamento do quadro pode levar à perda da acuidade visual. Exames de rotina (como de “fundo de olho”) podem detectar anormalidades em estágios primários, o que possibilita o tratamento ainda na fase inicial. Entretanto, a principal dificuldade continua sendo o diagnóstico tardio, já que a maioria da população só descobre a doença quando já houve um comprometimento considerável da visão.
José Francisco Romão, 60, descobriu que possui diabetes há mais de vinte anos. Ele conta que, desde o início, foi alertado pelos médicos sobre a importância da visita a um oftalmologista para prevenção da perda na visão. Mas somente há dois anos, quando começou a enxergar com dificuldades, foi procurar o auxílio de especialistas.
O tratamento mais eficiente para a Retinopatia Diabética ainda é a prevenção, seja através dos exames periódicos clínico e oftalmológico com o controle da glicemia e com o combate à obesidade, ao sedentarismo e ao tabagismo. As medidas preventivas podem retardar ou evitar o aparecimento da doença em até 50% dos casos, tornar a evolução lenta e o tratamento mais ameno em até 75% das ocorrências. A visita permanente ao oftalmologista também é medida imprescindível para o combate à retinopatia. A recomendação é que o portador do diabetes tipo 1 (em que o corpo produz pouca ou nenhuma insulina desde a infância) procure o oftalmologista no primeiro ano de diagnosticada a doença. Concluído esse período, os exames podem ser realizados com uma freqüência média de uma vez por ano.
Já no caso do tipo 2 (que ocorre predominantemente na idade adulta pelo excesso de peso e má alimentação), os exames devem ser realizados desde o momento do diagnóstico. Isso ocorre porque não é possível identificar por quanto tempo a pessoa permaneceu com altas taxas de glicemia no sangue. Em casos mais avançados pode ocorrer a maculopatia, que é a deterioração grave da visão central. Pode também acontecer o deslocamento da retina do olho em função do estágio avançado da Retinopatia Diabética.
Todos os diabéticos devem ser submetidos a exame oftalmológico completo, com atenção especial ao fundo do olho com dilatação pupilar. Orienta Campos:
Para o tratamento, o especialista afirma que mais utilizada é a fotocoagulação com raio laser, considerada uma aplicação muito segura. Para obter um resultado efetivo, são necessárias várias sessões e os melhores resultados são nos estágios iniciais da retinopatia. Contudo pode ser necessário em alguns casos a associação do laser com injeções de medicamentos intra-oculares. O principal objetivo é impedir a progressão da doença. No caso de hemorragias extensas e/ou descolamento de retina necessita-se da realização de cirurgia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a prevalência do diabetes deva alcançar 333 milhões de pessoas no mundo em 2025. Segundo estudos da entidade, em 2030, o diabetes mellitus será a segunda causa de morte na América Latina, enquanto a AIDS ocupará o quarto lugar. No Brasil, existem cerca de 6 milhões de diabéticos, sendo que 3 milhões desconhecem possuir a doença e, aproximadamente, 1 milhão não procura ou não recebe tratamento. Esses dados tornam a doença um dos principais problemas de saúde pública no País e no mundo, além de gerar conseqüências extras aos próprios sintomas, como é o caso da Retinopatia Diabética - a maior causa de cegueira permanente em indivíduos economicamente ativos e considerada uma das mais freqüentes complicações crônicas do diabetes.
“Após 15 anos de diabetes, a prevalência de retinopatia ultrapassa os 80%, por isso o ideal é fazer controle pelo menos duas vezes por ano, dependendo da gravidade e do perfil de cada paciente”, explica o oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Christian Marcellus de Camargo Campos, que avalia o panorama da doença perto da data dedicada ao seu combate, próximo dia 14 de novembro - Dia Mundial de Combate ao Diabetes.
A Retinopatia Diabética consiste em lesões na retina e se inicia com aparecimento de pequenos pontos de sangramento. O agravamento do quadro pode levar à perda da acuidade visual. Exames de rotina (como de “fundo de olho”) podem detectar anormalidades em estágios primários, o que possibilita o tratamento ainda na fase inicial. Entretanto, a principal dificuldade continua sendo o diagnóstico tardio, já que a maioria da população só descobre a doença quando já houve um comprometimento considerável da visão.
José Francisco Romão, 60, descobriu que possui diabetes há mais de vinte anos. Ele conta que, desde o início, foi alertado pelos médicos sobre a importância da visita a um oftalmologista para prevenção da perda na visão. Mas somente há dois anos, quando começou a enxergar com dificuldades, foi procurar o auxílio de especialistas.
“A minha retina já estava um pouco prejudicada. Passei por cinco aplicações a laser para não perder a visão e controlar a doença”.
O tratamento mais eficiente para a Retinopatia Diabética ainda é a prevenção, seja através dos exames periódicos clínico e oftalmológico com o controle da glicemia e com o combate à obesidade, ao sedentarismo e ao tabagismo. As medidas preventivas podem retardar ou evitar o aparecimento da doença em até 50% dos casos, tornar a evolução lenta e o tratamento mais ameno em até 75% das ocorrências. A visita permanente ao oftalmologista também é medida imprescindível para o combate à retinopatia. A recomendação é que o portador do diabetes tipo 1 (em que o corpo produz pouca ou nenhuma insulina desde a infância) procure o oftalmologista no primeiro ano de diagnosticada a doença. Concluído esse período, os exames podem ser realizados com uma freqüência média de uma vez por ano.
Já no caso do tipo 2 (que ocorre predominantemente na idade adulta pelo excesso de peso e má alimentação), os exames devem ser realizados desde o momento do diagnóstico. Isso ocorre porque não é possível identificar por quanto tempo a pessoa permaneceu com altas taxas de glicemia no sangue. Em casos mais avançados pode ocorrer a maculopatia, que é a deterioração grave da visão central. Pode também acontecer o deslocamento da retina do olho em função do estágio avançado da Retinopatia Diabética.
Todos os diabéticos devem ser submetidos a exame oftalmológico completo, com atenção especial ao fundo do olho com dilatação pupilar. Orienta Campos:
“As avaliações devem ser anuais quando os resultados forem normais. Os controles periódicos completos com retinografia e angiofluoresceinografia precisam ser realizados com freqüência, em intervalos mais curtos, se existirem alterações compatíveis com retinopatia diabética, com ou sem baixa visão”
Para o tratamento, o especialista afirma que mais utilizada é a fotocoagulação com raio laser, considerada uma aplicação muito segura. Para obter um resultado efetivo, são necessárias várias sessões e os melhores resultados são nos estágios iniciais da retinopatia. Contudo pode ser necessário em alguns casos a associação do laser com injeções de medicamentos intra-oculares. O principal objetivo é impedir a progressão da doença. No caso de hemorragias extensas e/ou descolamento de retina necessita-se da realização de cirurgia.
Fonte: Difundir
Para saber mais sobre o diabetes: Sociedade Brasileira de Diabetes
3 comentários:
Hello:)
Sorry I haven't been around for a while. I have been training a lot with my dog and have been busy making a photo-blog.
I dont understand what you writhe today. But do you have Diabetes? I have had it for 27 years now. And I'm just fine:) Hope you are too:)
Have a wonderful weekend, my friend:)
Marcão sempre nos informando e alertando!!!
Muito bom!
Beijosssssssssss
Bia
Este é um dos problemas agregados à diabetes sem acompanhamento médico. Existem outros, como amputações de membros, perda de orgãos...se as pessoas fossem mais 'prevenidas' o diabéticos não morreriam por causa da diabetes. Bom fim de semana! Beijus
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