Era comum meu pai pegar no cabo da enxada e capinar o quintal. Mas eu gostava mais quando ele fazia isso durante as férias escolares. Nesse período ele me chamava para participar da lida e eu prontamente me apresentava.
Eu tinha uma certa dificuldade de entender os critérios estabelecidos por ele, para distinguir o que era “mato” , do que não era. Enquanto na sua área de trabalho, a produtividade era altíssima, na minha, a coisa ficava sempre meio “travada”.
Ele não me dava moleza, e reclamava do meu excesso de tempo perdido, analisando as plantinhas.
Eu ainda argumentava:
- Mas essas plantinhas daqui estão dando flor...
Ele sentenciava:
- Isso é mato! Arranca !
Reconheço que ficava com o coração meio partido, mas acabava arrancando a pobre florzinha.
A vantagem é que meu sentimento de culpa era suplantado por uma ordem superior, fazendo com que meu rendimento aumentasse. Embora fosse me desculpando com cada matinho “bonitinho” arrancado.
Mas valia a pena. Após algumas horas de trabalho eu estava muito cansado, mas nós dois estávamos orgulhosos...de mim.
Hoje tenho que reconhecer...Meu pai, na sua simplicidade, soube me ensinar a dar valor ao trabalho. Nesses pequenos detalhes, o nosso caráter vai sendo forjado. Embora continue achando que ele tenha sido injusto com aquelas pequenas plantinhas.
Pequenos matinhos que floresciam e lutavam para me mostrar sua beleza microscópica.
Marcos Santos
Rio de Janeiro
fotos marcos santos
Eu tinha uma certa dificuldade de entender os critérios estabelecidos por ele, para distinguir o que era “mato” , do que não era. Enquanto na sua área de trabalho, a produtividade era altíssima, na minha, a coisa ficava sempre meio “travada”.
Ele não me dava moleza, e reclamava do meu excesso de tempo perdido, analisando as plantinhas.
Eu ainda argumentava:
- Mas essas plantinhas daqui estão dando flor...
Ele sentenciava:
- Isso é mato! Arranca !
Reconheço que ficava com o coração meio partido, mas acabava arrancando a pobre florzinha.
A vantagem é que meu sentimento de culpa era suplantado por uma ordem superior, fazendo com que meu rendimento aumentasse. Embora fosse me desculpando com cada matinho “bonitinho” arrancado.
Mas valia a pena. Após algumas horas de trabalho eu estava muito cansado, mas nós dois estávamos orgulhosos...de mim.
Hoje tenho que reconhecer...Meu pai, na sua simplicidade, soube me ensinar a dar valor ao trabalho. Nesses pequenos detalhes, o nosso caráter vai sendo forjado. Embora continue achando que ele tenha sido injusto com aquelas pequenas plantinhas.
Pequenos matinhos que floresciam e lutavam para me mostrar sua beleza microscópica.
Marcos Santos
Rio de Janeiro
fotos marcos santos
8 comentários:
Boa Semana, MARCOS, pssei pela Rosa e dei uma olhadinha em seu cometánrio, e fui vero seu Bolg, que tinha uma cronica sua marvilhosa, sobre os ensinamentos de seus pai,é isto mesmo, estes aprendizados a gente não esquece jamaispois são partesde nossas vidas, aquela enxada a sua labuta com ela o seu parar analisar a forzinha retira la da terra e sendo perdoado por sí proprio pois quem obedece pai não precisa se culpar, a felicidade tem que estar á volta de homens como voce, que tem historia de vida, parabens, e palmas pra o seu PAI,
ABRAÇOS
suelly marquêz
http://aniscomcanela.blogspot.com/
Ensinar a gostar das flores na simplicidade, sabedoria pura.
Marcos
A beleza está justamente na simplicidade.
Bjs,
Denise BC
Então!! Sabe aquela florzinha "Maria sem vergonha"? Aqui no Brasil não é valorizada e no entanto, na Europa ela é muito bem aceita e cultivada com carinho.
No caso do seu pai, era para quê se destinava a terra e parabéns!! É de pequeno que se aprende a torcer o pepino!! (rs*) Beijus
As flores e suas diferentes cores e suas diferencas, formam o mais belo dos quadros naturais.
Vim agradecer a sua participacao na nossa blogagem coletiva contra o analfabetismo.
Obrigada
Amei Marcos!
Te linkei lá no Blogh B!
O Gato Escaldado já é sucesso no blogspot tb 8)
Bjokas
A Natureza é bela.
Puxa, Marcos, que lição de vida, hein? É na terra que está o segredo da vida... Ah, mas pode ter certeza que eu até hoje defendo os "matinhos" floridos do caminho e eu não tenho coragem de arrancá-los. Heheh!
Ah, e quanto a sua pergunta, a seguir "Existe uma discussão aqui em casa:Denise diz que Bruxauva pronuncia-se BruxaLva, com "L"
Eu digo que é Bruxa-uva.
Afinal, qual é a pronuncia correta da nossa pequena musa?"
A resposta é a seguinte: Bruxa-uva, que é um hiato. A Bruxauva faz questão que a pronúncia seja esta, porque assim seu nome demora mais para ser dito...
Beijinhos. P,.S.: este seu blog está uma maravilha!!!!!
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