21.4.08

O Bambu de Hiroshima


Gramínea surgida no final do Cretáceo e início da Era Terciária. Nossa contemporânea.

O bambu está no topo da evolução das gramíneas que habitam os nossos campos de futebol. Ele é o que há de mais moderno em termos de “mato”.



Sua história confunde-se com a nossa. Seus usos sempre foram nobres.
Nenhum outro vegetal tem as características mecânicas do bambu. Sua leveza, sua flexibilidade, sua tenacidade, sua elasticidade.
Lendo assim, parece que estamos falando do aço, mas não, isso tudo cabe dentro do bambu, com a vantagem de que no aço, não podemos falar em leveza.

Planta sagrada no Oriente, o bambu nos serve do alimento, à moradia. Diz-se que uma touceira de bambu, equivale a uma usina siderúrgica dentro da terra, com a vantagem de não poluir e ainda capturar o carbono da atmosfera. Um bambual cresce sem queimar um combustível sequer.

Interessante é notar sua resistência, quanto as nossas tragédias.
Na Hiroshima arrasada pela Bomba Atômica, o bambu foi o primeiro ser vivo a mostrar sua cara. Lá, após o inferno atômico, o bambu conseguiu ficar de pé.

Gosto de pensar nisso.
Gosto de tentar ser como o bambu, que fica de pé após as maiores dificuldades da vida.
Mesmo após o sopro da morte...
...mesmo após o sopro nuclear.

Marcos Santos
Rio de Janeiro

6 comentários:

Ramosforest.Environment disse...

A vida nos ensina que ser flexivel é ter resistência às intempéries.

Madalena Barranco disse...

Olá querido Marcos, que história interessante tem o bambu! Ah, é difícil seguir-lhe o exemplo de resistência, que se verga ao vento e continua firme. Já provou brotinhos de bambu? Têm gosto de palmito. Beijos.

Daniel J Santos disse...

excelente, bom post.

Gostei da comparação, ficar de pé perante as adversidades da vida, também penso assim, quando a tempestade nos cai em cima, podemos por momentos ficar tombados, mas temos de nos voltar a levantar

Só- Poesias e outros itens disse...

nada mais poética do que essa flexibilidade de agua e vento do bambu.

Linda postagem!!!

bjs.


Ju Gioli

Anônimo disse...

Marcos

é realmente linda essa analogia com o bambu. Tenho sempre essa lição comigo.
Parabéns pela matéria, adorei!!

Kimmie disse...

I like to think about it.
I love to try to be like bamboo, which is on its feet after the greatest difficulties in life.


What a beautiful way to think of yourself...I shall think the same way. I want to be like bamboo also.

Very moving post...thank you Marcos.
Hugs,
Kimmie

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